segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Remaza – NovaTerra – Empresa Que Não Honra o CDC

Em agosto de 2006, desesperados para adquirir a casa própria, eu e minha família, recebemos na casa onde morávamos na ocasião, dois consultores do Consórcio Remaza/Novaterra. Era um rapaz, e uma moça, chamada Kelly Penha. O plano foi exposto, e como não era do nosso interesse, pois demoraríamos a adquirir o imóvel no sistema de lance, não fizemos negócio.

Passados alguns dias, recebemos um contato do Consórcio através de uma moça chamada Cristiana.

Pelo teor da conversa, ela deixou claro, ser alguém influente dentro da Remaza, e a proposta feita era bastante interessante.

Ela nos colocaria em um grupo já em andamento em que os lances estavam restritos a 30 por cento do valor do bem que queríamos e que ainda a própria Remaza ajudaria com uma porcentagem, descontadas depois do valor total do imóvel adquirido.

Na ocasião, pareceu bastante interessante, visto que o dono da casa onde morávamos de aluguel pretendia vender a casa, e, obviamente queríamos comprá-la.

Eu já era aposentada e meu marido também, sendo que ele fazia hemodiálise há 18 anos e sonhava em morar na casa própria antes de morrer.

Cristiana nos disse que para fazer adesão aquele grupo; já em andamento, precisávamos dar uma entrada de R$3413,00, e o restante, seriam em parcelas de R$615,00, sem intermediárias.

Pedi uns dias para avaliar e conversei com meu marido.

A necessidade e a urgência (sempre convivemos com o medo dele falecer, por conta do problema renal), nos fez decidir.

Contatamos a tal Cristiana, combinamos um encontro com ela na própria Remaza da Lapa e no dia, ela foi tão solicita que até deixou um lugar reservado no estacionamento para que minha filha (que acabara de pegar o pai na Hemodiálise) pudesse estacionar.

O rapaz que tinha ido na nossa casa, nos viu e pela expressão de seu rosto, pareceu não gostar. A gente achou que era coisa interna de roubo de cliente, mas soubemos depois, que a tal Cristiana era uma funcionária safada, que só pensava em dinheiro.

Entramos infelizmente no esquema dela. Depois que já estávamos no consórcio e foi o primeiro lance (que obviamente não conseguimos pegar), recebemos os dados de associação e percebemos que tudo não tinha passado de uma mentira.

O grupo e a cota eram novíssimos, e a gente não ia conseguir pegar o imóvel através de lance nem depois de dois ou três ou até mais anos.

Tanto o meu salário, quanto o do meu marido não era o suficiente para pagarmos aluguel e prestação de qualquer coisa.

Então, minha filha entrou em contato com a Remaza, com um dos superiores, um homem chamado Luis Bicudo, que foi extremamente mal educado, colocando em nós a culpa. Minha filha argumentou que não tinha como saber que a funcionária mentia e que não ia cumprir o prometido, nos colocando num grupo em andamento, mesmo assim, ele retrucou que não era culpado por sermos ingênuos.

Por aqueles dias, falamos com a Remaza da lapa e a Kelly Penha, disse que podia nos ajudar, desde que continuássemos no consórcio.

Eu já tinha desistido. Ela fez uma carta de próprio punho e me fez assinar a continuidade do plano, dizendo que eles tinham um fundo de caixa e que poderiam usar para ocasião especiais, e que aquela era uma delas, levando-se em conta o problema de saúde do meu marido e nossa idade.

Eis a carta:

Carta

Outra mentira.

Ela garantiu que se pagássemos mais dois meses, tudo daria certo, o caixa teria mais fundos e poderiam tirar o dinheiro para nós.

Voltamos a Remaza da lapa, onde fomos atendidas por ela, um gerente chamado Alvaro e outro  com o nome de Agamenon, que confirmaram a história do fundo de caixa.

Totalmente iludidos, aceitamos e pagamos mais três parcelas, no final das quais, o tal Agamenon nos pediu muitos documentos, incluindo os da casa onde morávamos.

Providenciamos tudo e como demorasse, o dono da casa onde morávamos, talvez desconfiado da história, entrou em contato com a Remaza, perguntando quais documentos ainda faltavam para concluir o negócio, e para surpresa dele e nossa, não havia nada. Era novo engano.

Os documentos, que eles haviam pedido estava na casa da tal Kelly Penha.

Paramos então de pagar as parcelas, pedimos a devolução da quantia paga e como já esperávamos, não houve qualquer atenção por parte da Remaza/Novaterra.

Em novembro de 2008, meu marido faleceu, sem que o dinheiro tivesse sido devolvido, pedi mais uma vez a devolução e, mesmo tendo ficado viúva, não fui atendida.

Eis o pedido e a resposta padrã, onde nem a minha condição, nem a idade foram levados em conta:

Pedido

Resposta

Hoje, mais do que antes, eu preciso desse dinheiro.

Estou viúva, minha filha está com sérios problemas de visão e posso não viver o suficiente para receber o dinheiro que empreguei numa mentira, assim como meu marido não viveu.

Foi um total descaso com pessoas da terceira idade, sobretudo com um homem doente, com 18 anos de hemodiálise.

Eles se aproveitaram de tudo isso para nos enganar vergonhosamente e continuam com o meu dinheiro.

Preciso reavê-lo e não acho justo que tal empresa continue a enganar outras pessoas, como fez conosco.

 

Eu Rita, sou a filha.

Resolvi fazer essa postagem no Blog, após tantos anos de espera em vão e reclamações formais feitas em três sites: Reclame Aqui, Reclamão e Reclamando.

Remaza NovaTerra tem se mostrado tanto desonesta, quanto desrespetadora do CDC, Código de Defesa do Consumidor, que nos mostra claramente que as empresas são responsáveis pelos atos de seus funcionário, no entanto, ela culpa ao cliente – no caso meus pais de terem se deixado enganar: palavras ditas por um alto funcionário senhor Luis Bicudo.

É lamentável que uma empresa capaz de agir dessa maneira ainda esteja funcionando normalmente, enganando outros e se eximindo de suas obrigações.

Cuidado dobrado ao contatá-la ou seu direito como consumidor poderá ser desrepeitado, como foi no caso dos meus pais.

Através desta postagem e das reclamções feitas, espero uma posição digna por parte da empresa, que me faça postar agradecimentos e desculpas.

Vamos aguardar.