quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Dança Hebraica (Judaica ou Israeli)

Para quem é seguidor do meu blog ou visitante que se identifica com meu trabalho, resolvi organizar as postagens por estilo de dança.
A princípio fui jogando as idéias conforme surgiam, mas com o grande número de pessoas acessando as páginas, achei melhor criar categorias, com sua ordem cronológica para que se tenha uma noção de como começou, por onde passou e para que esfera evoluiu.
E, não podia ser diferente, senão começar com a Dança Hebraica.
Para os que ainda não conhecem nada da minha história, detalherei em outra ocasião, como a Dança Hebraica se tornou o grande diferencial na minha vida em todos os sentidos, principalmente na área profissional.
Vale lembrar que tenho formação de balé, a saber: Artista Bailarina, Maitre de Ballet e Coreógrafa, sob o DRT: 18507/96, número 23042.
Em 1995, fiz as primeiras oficinais e apresentações com esse estilo de dança, para a Prefeitura do Município de São Paulo. Trabalhos na maioria feitos para a comunidade carente, com pouco acesso a arte ou cultura.
Quem já trabalhou para orgãos do governo ou prefeitura (sobretudo em São Paulo – Brasil) sabe a dificuldade que é ser contratado por eles.
É preciso ser formado na área em que se quer ministrar o curso, ter documentação (registro em carteira profissional, sindicatos da área), vasto material de imprensa e apresentar um projeto detalhado (incluindo o grau de relevância).
Tudo isso será analisado com muito critério por uma comissão e só então haverá um contrato de prestação de serviço.
A seguir mostro o projeto que apresentei sobre Dança Hebraica, que começou em 1996 e caiu tanto no agrado que continua valendo, inclusive ganhando espaço em oficinas do estado (mostrarei em próximas postagens).
(Artes Cênicas: Dança)
Dança Israeli (Hebraica)
Cultura e Arte em uma só explosão de som, movimentos e cores.
Durante séculos foi um estilo de dança restrito as comunidades judaicas. Com a criação do estado de Israel em 1948 e o espantoso crescimento de turismo para a região, história e folclore do povo (música e dança) se expandiram.
Por ser bonita, alegre, fácil de aprender e bastante descontraída, passou a despertar o interesse de bailarinos e pessoas que não fazem parte da comunidade,
Mesmo para aqueles que nunca dançaram, a dança Israeli é acessível. Uma de suas características é exatamente poder integrar os iniciantes com aqueles que já praticam há anos.
O aprendizado de alguns passos básicos é rápido, permitindo ao iniciante executá-los no primeiro encontro e ainda promove integração social e familiar,
Ao contrário de alguns estilos, esta dança é participativa, uma das únicas que pode ajuntar num só momento neto e avo.
Como dança, tem todos os benefícios: (exercitar o corpo, desenvolver coordenação motora, dar visão grupal, e auxiliar na queima de calorias) e nenhum inconveniente: (não provoca fadiga muscular e na maioria das danças, não necessita de formação de pares).
Pelo aspecto histórico, a dança Israeli, faz parte integrante da cultura de um povo com quase 6000 anos de existência e apego as próprias raízes.
É a única forma de dança comum a países de línguas distintas.
Todos os anos alguns coreógrafos de Israel criam as novas coreografias e elas são levadas para todos os países, através de seus representantes, onde serão ensinadas as comunidades judaicas por instrutores.
Ao aprender estas danças, a pessoa que viaja para países do estrangeiro, pode tomar parte das mesmas em festas, casamentos ou comemorações, até mesmo nas ruas.
Algumas delas não são apenas uma seqüência de movimentos, mas tem um significado histórico.
Nas mais tradicionais, todos os passos são feitos em círculo e muitas vezes de mãos dadas, dando a idéia de algo comum e integrativo.
Objetivo:
Até mesmo em meios culturais, muitos confundem a dança Hebraica com a Árabe, a saber: a dança do ventre. E, não obstante, serem danças orientais de beleza indiscutível e praticadas em suas respectivas comunidades, são distintas em: objetivo, vestuário e execução, entre outros aspectos.
A oficina tem como objetivo principal promover a arte-cultura, através do conhecimento e prática de um estilo de dança milenar e universal, fácil; que não passa pelos exercícios comuns do balé (não é uma dança de academia) e não requer aptidão física especial, como também, desfazer esse engano, mostrando a história de sua origem, o aprendizado das danças mais conhecidas, entre outros aspectos de igual importância e que compõe o todo.
Justificativa:
Trazer ao interessado os vários aspectos que envolvem uma dança folclórica de elementos fortes como o apego pela terra e seus elementos, as raízes do passado, a influência que outros povos tiveram em seu desenvolvimento cultural-artístico e sua ligação com a religião.
Desenvolvimento e Cronograma:
Para melhor aproveitamento da oficina, os encontros contarão com mostra áudio-visual, aquecimento e alongamentos básicos (a fim de que não ajam lesões), aprendizado de diversas danças típicas, nomenclatura e pinceladas de teoria; de suma importância para explicar:
A) Os vários estilos: Harcada, Hora, Hassidica (como se lê), Temáticas e que sofreram forte influência de danças tradicionais de outros grupos étnicos, como Curdistão, Etiópia e Iêmen, além de pitadas de danças Árabes, Circassianas e Drusas.
B) Significado.
C) Tradição.
D) Vestuário e Maquiagem de cada estilo.
Carga Horária:
Por ser um assunto vasto e que abrange muitos temas, serão necessárias 72 horas, divididas em 2 encontros semanais com 3 horas de duração cada, em um período de 12 semanas.
Publico Alvo
A oficina destina-se a iniciantes na área com idade a partir dos 14 anos.
Forma de Seleção
Para se selecionar os interessados, o ideal é Carta Aberta
Recursos Materiais:
Para o desenvolvimento da oficina, será imprescindível o uso de TV, DVD e ou Vídeo Cassete a cada dois encontros, aparelho de som para todas as aulas e uma pasta contendo algumas folhas para anotação e uma caneta.
Quanto ao espaço, por ser um estilo livre de dança pode ser feita até mesmo ao ar livre.
Sinopse do Projeto:
. Integrar o interessado à cultura de um povo que vive no Brasil há muito tempo e mantém seus costumes e tradições.
. Levar o interessado a pratica de um dos melhores tipos de exercícios – a dança - de forma leve e descontraída.
. Proporcionar ao interessado uma visão grupal.
. Auxiliar na coordenação motora.
(Observação: dessa época tenho mais material de imprensa, jornais, revistas, do que propriamente fotos)
gazetasamaro
S. Amaro 2     Digitalizar0001
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M. Boi Mirim   São M. Pt. 1


Obviamente, não foram apenas projetos de Dança Hebraica, de 1995 até 2001, fiz inúmeras oficinas, workshops e apresentações, em diversas Casas de Cultura: Santo Amaro (Mercado Velho), Santo Amaro (Casa Amarela), São Miguel Paulista, M’Boi Mirim, Jardim Angela, Jardim Peri Peri, Itaim Paulista, Jabaquara, Interlagos, C. São Luiz, entre outros, que serão mostrados em outra ocasião.
Contatos para Palestras, Oficinais e Workshops: de_cassiarita@yahoo.com.br